Era uma vez um feijão que, tal como na história, achava que iria tocar o céu, servir de escada aos meninos, que em si, iriam construir casas de brincadeira e fazer dos bibes bandeiras de pirata.Dizia à sua mãe feijoeira: eu não quero ser feijoada. E se for um chili? contrapunha a mãe do alto da sua sabedoria. Não quero! Exclamava por entre soluços cada vez mais profundos. Eu quero ser um feijão de trepar e trepar até ao céu. Enroscar-me nas estrelas e piscar o olho à lua. Acolher os meninos e acarinhá-los na minha sombra!
E a mãe, como todas as mães, tudo sabe, perguntou: e se fores assim, uma delícia? doce? fofo? e que faças pequenos e grandes fechar os olhos de prazer?
Como mãe?
Vais ser um pastel de feijão e, assim, lá para os lados de Torres Vedras, apareceu o primeiro pastel de feijão. E foi o primeiro de muitos que nos deliciam até aos dias de hoje. E de cada vez que os provamos, é como se morressemos um pouco, de prazer. Daí fecharmos os olhos. Sim porque é do Prazer que se vive.
Por isso é que o feijoeiro nunca chegará ao céu.
Que estória tão bonita!! Gostei muito.
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